A dermatofitose, popularmente chamada de impinge ou impingem é uma infecção na pele causada por um tipo de fungo conhecido como tinha ou tínea. Esse fungo provoca o surgimento de pequenas erupções na pele que secam se tornando amareladas ou avermelhadas.

O que é impinge?

A impinge, ou dermatofitose é uma doença de pele causada por um tipo de fungo chamado de dermatófito. Esse fungo se nutre da queratina encontrada na pele, no pelo e nas unhas.

Existem aproximadamente 40 espécies de fungos dermatófitos capazes de provocar doenças e, dentre eles, 30 conseguem acometer o ser humano e provocar infecções em diversas regiões do corpo. Essas infecções são mais frequentes nos países que possuem o clima quente e úmido, sendo que os países onde o clima é tropical e subtropical são os mais impactados. No entanto, a dermatofitose é uma doença global e muito frequente.

Como a impinge é transmitida?

A impinge pode ser transmitida de maneira direta de homem para homem, de animal para homem e da terra para o homem, e também de maneira indireta, através de materiais contaminados com os esporos dos parasitas.

Esses esporos, se estiverem em uma temperatura de 26ºC, podem viver no meio ambiente e causar infecção por um período de até 15 dias.

Quais os tipos mais comuns de impinge?

impinge

Podemos descrever diversos tipos de dermatófitos, mas os mais comuns são:

  • Tínea corporis – dermatofitose no corpo;
  • Tínea pedis – dermatofitose nos pés;
  • Onicomicose – dermatofitose nas unhas;
  • Tínea capitis – dermatofitose no couro cabeludo;
  • Tínea cruris – dermatofitose nas dobras da virilha;
  • Pé de atleta – dermatofitose entre os dedos dos pés.

Importante: Muito cuidado para não confundir dermatite atópica e dermatite de contato com impinge.

Quais são os sintomas da impinge?

Devido a uma mesma espécie ser capaz de causar infecções em diferentes partes do corpo, dependendo da área que foi acometida, a doença pode provocar sintomas distintos.

Os quadros mais comuns de se encontrar são:

Na pele: a pele fica sem pelo devido as lesões avermelhadas, descamativas ou desenhadas, isoladas ou conjuntas, sendo que a área externa é a mais ativa.

No couro cabeludo: se apresenta sob a forma de placa alopecia ou, as vezes, uma região do couro cabeludo fica com os cabelos parecendo que foram quebrados ou cortados, isso porque os dermatófitos perfuram a haste dos fios dando essa aparência. A dermatofitose do couro cabeludo atinge especialmente as crianças em idade escolar.

Nos pés: pode se apresentar de maneira aguda com erupções muito pruriginosas na planta dos pés e que coçam muito, ou de forma crônica com uma fina descamação e quase sem sintomas.

Apresenta-se também como pé de atleta, intertrigo ou frieira. Afeta a região entre os dedos e pode vir acompanhado de uma onicomicose. Pessoas que possuem diabetes mellitus e alguns problemas circulatórios devem ter um cuidado extra com a saúde dos pés a fim de evitar o intertrigo, doença que pode servir como porta de entrada para algumas infecções bacterianas no tecido mole das pernas, sendo capaz de causar um quadro de erisipela.

Nas unhas: as dermatofitoses ungueais, ou onicomicoses, são caracterizadas por lesões “esfarinhentas” que iniciam-se pela borda livre da unha e possuem uma cor esbranquiçada ou amarelada. Normalmente, há um acumulo de queratina embaixo da unha (ceratose subungueal).

Na virilha: possui lesões avermelhadas que descamam e coçam muito. Acometem uma parte ou toda a área do púbis, alastrando-se para região do abdome inferior e também para as nádegas em alguns casos mais abrangentes.

Tratamentos para impinge

O tratamento da dermatofitose é bem simples e quanto antes se iniciar melhor, pois assim é possível evitar que a doença se alastre pelo corpo e/ou contamine as pessoas que convivem junto ao paciente afetado.

São dois os tipos de tratamento mais utilizados: medicamentos de uso tópico e medicamentos de uso por via oral.

Nos quadros localizados na pele, o tratamento mais indicado é com antifúngicos em forma de creme, pomada, spray ou loção. Devem ser aplicados de duas a três vezes ao dia por um período de até 30 dias, mas isso vai depender do quadro e da extensão da dermatofitose.

Nos casos em que o quadro de dermatofitose do corpo são mais extensos, nos casos de onicomicose e de dermatofitose no couro cabeludo, o tratamento que normalmente é escolhido é com antifúngicos por via oral, porém esse tipo de tratamento não dispensa o tratamento tópico.

Porém, somente um médico pode decidir qual o melhor tipo de tratamento e o mais eficiente para cada caso.

  • Para a dermatofitose corporal, o tempo médio de tratamento é de 15 a 30 dias;
  • Para dermatofitose do couro cabeludo, a duração do tratamento é de 90 dias;
  • Para onicomicose das mãos, o tratamento é de seis meses;
  • Para onicomicose dos pés, a duração do tratamento é de um ano.

Como são tratamentos de longo prazo e muito demorados, é comum seu fracasso devido à irregularidade no uso da medicação.

Prevenção

  • Lave e seque bem as mãos e os pés;
  • Cuidado ao utilizar banheiros públicos;
  • Não andar descalço em clubes e piscinas comunitárias;
  • Não compartilhe toalhas, meias e sapatos;
  • Não fique com roupas úmidas por muio tempo;
  • Se já possui o problema, procure utilizar desinfetante nas toalhas, e, no caso dos pés, também nas meias e sapatos.

Leia mais sobre os tratamentos para micose de unha clicando aqui.

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IMPORTANTE

ESTE ARTIGO NÃO TEM A FINALIDADE DE DIAGNOSTICAR PROBLEMAS DE SAÚDE.

A busca por um profissional dermatologista é imprescindível, visto que ele é o profissional ideal para realizar uma análise criteriosa e clínica. Além disso, só ele quem poderá indicar o melhor tratamento para você.