Vírus que pertence a família dos coronavírus, já matou 132 pessoas na China e infectou mais de 6000 em 17 países.
O que sabemos sobre o novo vírus que já provocou 132 mortes na China
O vírus, que saiu da cidade chinesa de Wuhan, capital de Hubei, já chegou a 17 países, incluindo Estados Unidos, Japão, Tailândia, Austrália, Coreia do Sul, França, Reino Unido e agora também pode estar no Brasil, o país já está investigando o primeiro caso suspeito da doença.
Autoridades de todo o planeta trabalham para conter o vírus a fim de evitar que ele se alastre. Esta, está sendo a primeira ameaça à saúde pública mundial no ano de 2020.
Como as autoridades chinesas têm respondido ao surto?
O governo chinês tem submetido ao isolamento as pessoas infectadas ou com suspeita. Wuhan, onde vivem, aproximadamente, 11 milhões de pessoas, foi isolada. Autoridades recomendam que ninguém saia ou entre na cidade. No aeroporto local, que atende a 104 destinos dos quais 29 são fora do país, todos os voos foram cancelados. Todos os transportes públicos também estão temporariamente fechados.
O mercado de frutos do mar, local onde as autoridades dizem ter iniciado o surto está fechado para limpeza e desinfecção. As pessoas estão sendo orientadas a evitar o contato com outras pessoas e animais que possuam sintomas semelhantes aos da gripe. Também são orientadas a não comerem alimentos derivados de animais e em estado cru.
Sobre o vírus
É um vírus novo, da família dos coronavírus. Os coronavírus são uma família de patógenos que incluem vírus que causam desde resfriados comuns até a Síndrome Respiratória Aguda Severa – SARS (que atacou a China entre os anos de 2002 e 2003 e foi responsável pela morte de 648 pessoas).
O médico epidemiologista e Coordenador Científico do projeto EPISARS, Arnaud Fontanet, que hoje está à frente do departamento de epidemiologia do Instituto Pasteur, em Paris na França, explicou que o tronco desse coronavírus é 80% geneticamente idêntico ao do SARS.
Normalmente os vírus têm origem animal, mas no caso do coronavírus ainda não se sabe ao certo de qual animal ele provém. Como a doença inicialmente se manifestou nos trabalhadores do mercado público de frutos do mar em Wuhan, na China, onde são vendidos, além de frutos do mar, animais vivos como: coelhos, cobras, morcegos e galinhas, especula-se que esses animais sejam a fonte de infecção primária da doença.
Contágio
Ainda não se sabe ao certo, porém a Dra. Nathalie MacDermott, médica do King’s College London, informou recentemente que o vírus pode ser transmitido por via área, que ocorre quando a pessoa infectada tosse disseminando pequenas partículas de saliva que contém o vírus, essas partículas podem ser transportadas por correntes de ar e inaladas por outras pessoas, infectando-as.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em portos e aeroportos e fronteiras está orientando os viajantes a tomarem medidas de precaução em viagens ao exterior, principalmente quando há conexão com a China.
Além disso, o Governo Federal está realizando monitoramento diário da situação junto a Organização Mundial de Saúde – OMS e tem notificado a área de Portos, Aeroportos , Fronteiras, a área de Vigilância Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e também as Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios, além das demais Secretarias do Ministério da Saúde.
Quais são os sintomas?
Os sintomas são parecidos aos de uma gripe comum e incluem febre alta, dificuldade para respirar e muita tosse. Alguns casos são mais leves, porém outros podem se agravar evoluindo para pneumonia ou síndrome respiratória aguda.
Como se proteger?
As medidas de proteção contra o coronavírus são as mesmas que as de gripes e resfriados comuns. A OMS recomenda:
- Limpar as mãos com frequência, lavando-as com água e sabão e usando álcool 70%;
- Ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com um tecido ou fazer uso de mascaras
- Evitar contato próximo com pessoas que possuem os sintomas de febre e tosse;
- Evitar mercados ao ar livre com circulação de coronavírus;
- Evitar o consumo de produtos de origem animal cru ou mal cozido;
- Cuidado ao manusear produtos crus de origem animal;
- Evitar lugares fechados e aglomerações. também estão entre as recomendações de proteção.
Vale ressaltar que, no Brasil, ainda não há circulação do vírus no momento, então não há motivo para preocupação com prevenção.