Suicídio é o ato de tirar a própria vida de propósito. O comportamento suicida pode variar desde pensamentos de se matar até realmente concluir o ato.

Uma pessoa que pensa ou fala sobre suicídio pode estar realmente considerando acabar com sua própria vida.

As pessoas que são mais propensas a cometer suicídio são: 

  • Homens brancos;
  • Pessoas com idades entre 15 a 24 anos ou maiores de 65 anos; 
  • Viver sozinho ou não ter filhos menores de 18 anos vivendo em casa; 
  • Passar por situações de grandes estresses na vida, como a morte de um ente querido, a perda de um emprego ou o divórcio.

Mais de 80% dos suicídios completos são de homens. No entanto, a maioria das pessoas que tentam cometer suicídio mas não morrem, são mulheres nas idades entre 25 e 44 anos. O suicídio é uma das principais causas de morte entre crianças de 10 a 19 anos.

Quais os sinais comuns nas pessoas que cometem o suicídio?

Os sintomas associados ao suicídio incluem: 

  • Sentimentos de desesperança;
  • Problemas de concentração 
  • Distúrbios do sono;
  • Dificuldade em encontrar felicidade em coisas que antes fariam a pessoa feliz;
  • Ansiedade severa, levando ao pânico; 
  • Declarações indicando desejo de cometer suicídio; 
  • Sentimentos deprimidos; 
  • Esforços repentinos direcionados a colocar a “vida em ordem”;
  • Mudança de hábitos, como alimentação ou hábitos de cuidados pessoais; 
  • Silêncio ou abstinência; 
  • Declarações verbais, como “Eu quero morrer” ou “Eu me pergunto o que eles vão fazer quando eu for embora”; 
  • Notas ruins ou mau desempenho no trabalho; 
  • Comportamento de risco.

 A maioria das pessoas com pensamentos suicidas viu seu médico nos últimos 6 meses.

Quais são as causas desse problema?

Os riscos para o suicídio variam muito. Um transtorno mental como depressão grave ou alcoolismo é um fator de risco comum.

Outros fatores de risco incluem: 

  • Tentativas de suicídio anteriores ou histórico familiar de tentativas de suicídio; 
  • Histórico de transtornos psiquiátricos. Isso pode incluir depressão grave, abuso de álcool ou drogas, esquizofrenia, transtornos de pânico e transtorno de personalidade limítrofe;
  • Comportamento antissocial, agressivo ou impulsivo, principalmente em adolescentes; 
  • Doença médica grave, como o câncer, acompanhada de doença psiquiátrica.

Uma combinação de fatores biológicos, emocionais, intelectuais e sociais desempenha um papel importante no risco de levar uma pessoa ao suicídio.

Fatores que podem contribuir para o risco suicida em adolescentes incluem: 

  • Tristeza;
  • Estresse; 
  • Baixo desempenho escolar; 
  • Pressão dos colegas, bullying;
  • Luto; 
  • Deficiência de aprendizagem; 
  • Doença ou deficiência física; 
  • Desejo de ser perfeito;
  • Falta de amigos; 
  • Dúvidas sobre identidade sexual.

Como é feita a prevenção ao suicídio?

A prevenção ao suicídio consiste em levar a sério as ameaças de suicídio de uma pessoa. Deve-se ficar atento aos sinais de que uma pessoa está planejando cometer suicídio. As etapas incluem: 

  • Ouvir atentamente a pessoa em risco; 
  • Oferecer uma conversa aberta e sem julgamentos;
  • Oferecer à pessoa uma solução positiva; 
  • Discutir opções para buscar ajuda; 
  • Oferecer apoio à pessoa em encontrar ajuda e tratamento.

Quais os tratamentos disponíveis para pessoas nessa condição?

Diversos fatores devem ser considerados ao elaborar um plano de tratamento para uma pessoa que tentou ou pode cometer suicídio. Estes incluem: 

  • Procurar saber se a pessoa tem acesso a armas de fogo, medicamentos ou outros métodos para realizar seu plano; 
  • Se a pessoa tem apoio social;
  • Se a pessoa tem controle sobre suas ações e julgamento.

Uma pessoa deve ser hospitalizada se tiver: 

  • Um plano suicida; 
  • Os meios para realizar o plano;
  • Má capacidade de controlar suas ações;
  • Falta de apoio social.

Em alguns casos, uma pessoa que tem um plano para cometer suicídio, mas não tem os meios, pode não precisar ser hospitalizada. Se a pessoa tiver boa saúde mental e bom apoio social, ela pode passar por uma nova avaliação para transtornos psiquiátricos e estresse. Também podem ser utilizados medicamentos antidepressivos, bem com a realização de terapia individual e a terapia familiar.

Uma pessoa que expressa pensamentos de suicídio, mas não tem um plano para cometê-lo, também deve passar por avaliação psiquiátrica. Medicamentos antidepressivos podem ser prescritos e podem ser utilizadas terapia individual, em grupo e/ou familiar.

Em alguns casos, os terapeutas recomendam programas especiais, que podem incluir programas para tratamento de alcoolismo ou abuso de drogas. Terapia eletroconvulsiva (ECT) também é indicada em alguns casos, principalmente quando os antidepressivos não são eficazes, ou quando há necessidade de uma forma mais rápida de tratamento.

Quais são os efeitos colaterais dos tratamentos?

Os efeitos colaterais dependem do tratamento utilizado. Os efeitos colaterais dos antidepressivos podem incluir perturbação estomacal, dificuldade para dormir, dor de cabeça e irritabilidade. Já no caso dos efeitos colaterais da ECT, pode ocorrer perda temporária de memória, dor muscular e dores de cabeça.

Como monitorar uma pessoa propensa ao suicídio?

É importante que a pessoa continue sendo acompanhada por um profissional, devendo relatar sempre que ocorrer novos pensamentos ou planos suicidas. A família pode ser solicitada a monitorar o humor e o comportamento da pessoa, relatando sua percepção do risco suicida da pessoa. A pessoa também deve receber um número de telefone de crise de 24 horas para ligar no caso de pensamentos ou planos suicidas.

Fique atento aos sinais

suícidio
Foto disponível em: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/suicidio

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