Melasma é uma área da pele que sofreu uma hiperpigmentação resultante de maior produção de melanina, proteína responsável por garantir a cor da pele evitando os danos causados pela radiação ultravioleta.

O que é melasma?

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Melasma é uma área da pele que sofreu hiperpigmentação.

Melasma é uma área da pele que sofreu hiperpigmentação, resultante de uma maior produção de melanina, proteína responsável por garantir a cor da pele evitando os danos causados pela radiação ultravioleta. Essa condição resulta na formação de manchas marrons e irregulares mas com limites bem demarcados. Embora elas se localizem principalmente no rosto, essas manchas também podem aparecer nos antebraços, colo e pescoço. Variam bastante de tamanho, podendo tomar a face completamente.

Melasma é uma condição pouco frequente nos homens, onde apenas 10% são atingidos. Sendo mais comum nas mulheres em fase reprodutiva (dos 20 aos 50 anos), raramente se manifesta antes da puberdade, é uma condição crônica e recidiva.

Pessoas que possuem a pele morena são mais vulneráveis, devido a possuírem melanócitos mais ativos, isso quer dizer que elas produzem mais melanina.

A formação de melasmas na pele causa um impacto negativo na vida do portador, pois seu aspecto antiestético atrapalha os relacionamentos sociais e afetivos, mexendo com a autoestima e qualidade de vida. Em alguns casos, a alteração na aparência da pele é tão grande que passa a interferir até mesmo no desempenho profissional da pessoa.

Quais os tipos de melasma?

Conforme a distribuição das manchas, o melasma pode ser classificado em 3 tipos:

  • Epidérmico: há o acúmulo de melanina na epiderme, camada mais superficial e externa da pele;
  • Dérmico: o acúmulo de melanina atinge a derme, camada localizada entre a epiderme e a hipoderme;
  • Misto: nesse caso, o acúmulo de melanina afeta tanto a derme quanto a epiderme.

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Fatores de risco para o desenvolvimento de melasma

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Uso de anticoncepcionais orais ou terapias de reposição hormonal.
  • Ser mulher em idade entre 20 e 50 anos;
  • Exposição prolongada e sem proteção aos raios ultravioletas;
  • Uso de anticoncepcionais orais ou terapias de reposição hormonal;
  • Gravidez, também devido as alterações hormonais;
  • Problemas de tireoide;
  • Alguns cosméticos ou medicamentos para o tratamento de hipertensão e epilepsia.

Causas do melasma

As causas para o aparecimento do melasma ainda não foram totalmente esclarecidas. Porém, é certo que os fatores de risco citados acima, como a exposição aos raios ultravioletas, são capazes de estimular a atividade dos melanócitos causando o acúmulo de melanina nos tecidos, a melanose.
Pesquisas mostram que a radiação ultravioleta produz uma luz invisível ao olho humano, porém causa alterações significativas na produção de melanina. Infravermelho, raios gama, Raios-X e micro-ondas também produzem um tipo de “luz invisível”.

Alguns exemplos desse tipo de radiação são:

  • Luz emitida pela tela do computador;
  • Luz emitida pela tela do tablet,
  • Luz emitida pela tela do celular e da TV,
  • Raio laser;
  • Lâmpadas fluorescentes.

Sinais e sintomas do melasma

O melasma não é considerado uma doença, mas sim uma condição dermatológica adquirida e de caráter principalmente estético, sem associação com qualquer outro problema de saúde.

O sintoma do melasma é o surgimento de manchas escuras, planas e sem a formação de crostas, em regiões do corpo que ficam expostas à radiação ultravioleta, principalmente na face. Possui um formato irregular, e bem delimitado, distribuído simetricamente dos dois lados da face. A intensidade da cor depende da quantidade de melanina acumulada na pele.

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Como é feito o diagnóstico do melasma?

O diagnóstico do melasma é feito através da avaliação clínica das manchas, das áreas envolvidas e também da gravidade das lesões, analisando o histórico do paciente e pessoal e familiar. Considera-se também a ocorrência de gravidez, o uso de contraceptivos orais, a reposição hormonal e os hábitos de exposição ao sol sem proteção.

Um exame utilizando a lâmpada de Wood, também é um recurso para constituir o diagnóstico do paciente e definir o melhor tratamento.

O diagnóstico diferencial do melasma com outras doenças inflamatórias (dermatite de contato, a acne e a eczema) que também provocam hiperpigmentação na pele do rosto ou em outras áreas o corpo deve ser estabelecido.

É necessário também, considerar que a hiperpigmentação pode ser resultado do uso de alguns medicamentos, como por exemplo: antibióticos (tetraciclina e a ciclofosfamida), os antimaláricos e o cloridrato de amiodarona. Nesses casos, as lesões do melasma não costumam ser simétricas.

Prevenção

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O melhor tratamento é a prevenção.

Por ser o melasma um problema adquirido e em sua maioria crônico, é imprescindível uma atenção contínua e persistente, evitando a exposição desprotegida aos raios ultravioletas que, de certa maneira, são os principais responsáveis pelo aparecimento e reincidência das lesões.

Para isso, deve-se fazer uso diário de um protetor solar que proteja as camadas mais profundas da pele. Esses protetores possuem a sigla PPD (Persistent Pigment Dark) ou UVA, no rótulo da embalagem.

Os portadores de melasma devem reaplicar o protetor solar a cada duas horas caso esteja ao ar livre ou toda vez que molhar a pele ou suar muito.

Tratamento

Além de fazer uso sistemático do protetor solar de amplo espectro, os tratamentos para melasma incluem o uso tópico de cremes e pomadas capazes de promover o clareamento gradativo das manchas.

O produto mais utilizado é a hidroquinona, que é capaz de inibir a atividade da tirosinase, principal enzima que realiza a síntese de melanina nos melanócitos.

Alguns estudos mostraram que um creme com a combinação de hidroquinona + tretinoína + fluocinolona acetonida, é bastante eficaz para atenuar o melasma.

Peelings químicos superficiais realizam uma esfoliação na pele e aceleram o processo de remoção da melanina facilitando a penetração dos medicamentos tópicos, principalmente nos casos do melasma epidérmico.

Os casos que se mostram resistentes à aplicação local de produtos clareadores e ao peeling superficial, devem utilizar as terapias com raios laser.

Nos casos de cloasma gravídico ou máscara da gravidez, normalmente a hiperpigmentação da apele tende a desaparecer sozinha logo após o parto.

Recomendações

  • A utilização de filtro solar de amplo espectro pode ser complementada com ações capazes de diminuir a incidência do sol, como a utilização de chapéus de abas largas, óculos escuros, viseiras ou bonés e guarda-sol, quando possível. Redobrar a atenção nos horários entre dez da manhã e quatro da tarde, período em que a emissão dos raios ultravioletas é maior;
  • Utilizar proteção solar todos os dias, mesmo em dias nublados;
  • Existem dois tipos diferentes de filtros solares: os químicos, que absorvem os raios UV e os filtros físicos, que são capazes de refletir esses raios. A associação dos 2 confere ao portador um fator de proteção maior;
  • A utilização de protetor solar com cor na área do rosto têm mais vantagem, pois a cor trabalha como uma segunda barreira de proteção contra os danos causados pelos raios UVA e UVB;
  • Qualquer tratamento com agentes clareadores, tanto cremes, peelings ou laser podem desencadear alguns efeitos colaterais, por isso, é fundamental que sejam acompanhados por um médico dermatologista.

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IMPORTANTE

ESTE ARTIGO NÃO TEM A FINALIDADE DE DIAGNOSTICAR PROBLEMAS DE SAÚDE.

A busca por um profissional médico é imprescindível, visto que ele é o profissional ideal para realizar uma análise criteriosa e clínica. Além disso, só ele quem poderá indicar o melhor tratamento para você.