A síndrome da fadiga crônica (SFC), é uma condição mal compreendida que resulta em fadiga grave além de outros sintomas.

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O que acontece com o corpo?

A causa da síndrome da fadiga crônica não é conhecida, embora existam muitas teorias. É uma condição crônica com um curso imprevisível. Não é diagnosticada até que outras condições médicas que causam fadiga sejam descartadas. O tratamento é limitado pela falta de compreensão do processo da doença em si.

Quais os sintomas da síndrome da fadiga crônica?

Existem alguns critérios estabelecidos para o diagnóstico da síndrome da fadiga crônica. Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter um histórico recente de fadiga. A fadiga deve ser severa, constante ou não, por pelo menos seis meses. Essa fadiga não passa com o descanso. Muitas pessoas descrevem um súbito aparecimento de fadiga desencadeada por um estresse físico, como uma doença ou lesão.

Ao mesmo tempo, a pessoa deve ter pelo menos quatro dos sintomas abaixo a serem diagnosticados: 

  • Sentir-se mal ou ter desconforto após qualquer tipo de esforço; 
  • Memória ou concentração prejudicada;
  • Dor articular afetando múltiplas articulações;
  • Dor muscular; 
  • Novas dores de cabeça, o que significa que essas dores de cabeça não aconteciam antes da pessoa começar a ter fadiga grave; 
  • Dor de garganta frequente;
  • Linfonodos macios na axila ou pescoço.

Quais as causas da síndrome da fadiga crônica?

A causa da síndrome da fadiga crônica é desconhecida. É mais provável que seja uma combinação de fatores, em vez de um único fator. A lista de possíveis fatores inclui: 

  • A baixa pressão arterial causada pelo sistema nervoso autônomo pode causar SFC, e é mais prevalente em pessoas com essa condição do que na população em geral; 
  • Doenças imunológicas, como alergias ou uma doença autoimune, podem causar SFC. Uma doença autoimune é uma condição na qual a pessoa cria anticorpos contra seu próprio tecido;
  • Uma infecção, por si só, não causa síndrome da fadiga crônica. No entanto, uma infecção pode ser uma das múltiplas causas que trazem a SFC em um indivíduo;
  • As deficiências nutricionais podem desempenhar um papel na causa da síndrome da fadiga crônica. No entanto, não há uma prova definitiva; 
  • O estresse estimula o centro do cérebro, conhecido como o eixo hipotálamo – hipófise adrenal. Esses centros produzem cortisol e outros hormônios. A superestimulação do estresse pode influenciar o sistema imunológico a trazer SFC.

Como prevenir a SFC?

Não existem medidas eficazes conhecidas para prevenir a síndrome da fadiga crônica.

Diagnóstico da Síndrome da Fadiga Crônica

A parte mais importante do diagnóstico é excluir outras causas para a fadiga. Existem muitas doenças médicas que podem causar fadiga. Estas incluem infecções, desequilíbrios hormonais, doenças do sistema imunológico e até câncer. Para descartar outras condições, é realizado um histórico médico e exame físico do paciente. Vários exames de sangue e um teste de urina são feitos. Outros testes, como testes de raio-X, podem ser pedidos.

Não há nenhum exame que constate o diagnóstico específico da síndrome da fadiga crônica. O diagnóstico geralmente é feito quando nenhuma outra causa pôde ser encontrada para justificar a fadiga de uma pessoa e outros sintomas.

Quais os efeitos a longo prazo da síndrome da fadiga crônica?

Os efeitos a longo prazo da SFC estão relacionados com a fadiga severa do indivíduo. As pessoas afetadas podem ser incapazes de trabalhar ou ir para a escola. Elas podem não ter energia para formar ou manter relações com outras pessoas. Isso pode resultar em depressão e sensação de prostração. Amigos e profissionais de saúde também podem ter uma atitude negativa em relação a uma pessoa com SFC.

Quais os tratamentos para a Síndrome da Fadiga Crônica?

O tratamento deve ser adaptado para se adequar a cada pessoa com síndrome de fadiga crônica, dependendo dos sintomas e da resposta a diferentes terapias. Existem dois tipos de terapia: terapia comportamental e terapia medicamentosa.

Terapia comportamental

  • Participar de reuniões de grupo de apoio; 
  • Evitar cafeína e álcool;
  • Terapia cognitiva comportamental, para ajudar a pessoa a mudar percepções e crenças sobre seu estado de saúde; 
  • Manter uma dieta equilibrada; 
  • Atividade física moderada, ter cuidado para evitar o excesso de esforço; 
  • Receber aconselhamento regular e individual (terapia); 
  • Métodos de relaxamento, como meditação, ioga e hipnose.

Terapia medicamentosa

  • Antidepressivos, como: fluoxetina, sertralina, paroxetina, venlafaxina e bupropiona; 
  • Anti-histamínicos, como: astemizol e loratadina; 
  • Medicamentos para pressão arterial, como: fludrocortisona e atenolol;
  • Descongestionantes para congestão nasal ou sinusal;
  • Medicamentos relaxantes musculares para aliviar espasmos musculares; 
  • Anti-inflamatórios não esteroides, também chamados AINEs, como naproxeno, ibuprofeno e piroxicam;
  • Medicamentos tricíclicos para aliviar a dor e promover o sono, incluindo doxepina, amitriptilina, desipramina e nortriptilina.
  • Como a síndrome da fadiga crônica é difícil de tratar e o curso da doença é imprevisível, muitas pessoas com SFC usam terapias alternativas para aliviar ou reduzir os sintomas. Algumas dessas terapias incluem: 
  • Acupuntura;
  • Tratamento quiroprático; 
  • Terapia crânio-sacral, que aborda o fluxo de fluido cefalorraquidiano dentro do corpo; 
  • Hidroterapia;
  • Massoterapia;
  • Tai chi, que combina exercício e equilíbrio; 
  • Ioga.

Quais são os efeitos colaterais dos tratamentos?

O tratamento com os AINEs podem causar perturbação estomacal e reações alérgicas. Antidepressivos podem causar problemas para dormir, dores de cabeça ou dor de estômago.

O que acontece após o tratamento?

O curso da síndrome da fadiga crônica é muito difícil de prever. Felizmente, a maioria das pessoas eventualmente melhora com ou sem tratamento, embora a cura muitas vezes não seja possível. As pessoas podem voltar às atividades normais sempre que se sentirem capazes.

Monitoramento da doença

As pessoas afetadas estão na melhor posição para monitorar a condição. Qualquer sintoma novo ou pior deve ser relatado ao médico.

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IMPORTANTE

ESTE ARTIGO NÃO TEM A FINALIDADE DE DIAGNOSTICAR PROBLEMAS DE SAÚDE.

A busca por um profissional médico é imprescindível, visto que ele é o profissional ideal para realizar uma análise criteriosa e clínica. Além disso, só ele quem poderá indicar o melhor tratamento para você.